Uma vez... começa, assim,
A história que escrevo,
Era uma vez alguém que sou,
Que jamais serei e me esqueci de ser.
Fábula de lírio, animal e tudo o que o sonho alcança
Na minha mão fechada, impotente,
Esperança e pouco mais,
As palavras murcham como flores,
Vício na eternidade da dor,
Morte prematura e desespero,
É como riso de hiena,
Ordenado feito de suor dos dias,
A vastidão do mar,
Rítmo oculto na confissão de horas
Que passam em eternidade de rotina,
Cores e carros e lenço perfumado de alfazema.
Já me despedi do Sol e a Lua é como um crente
Que na sua intensidade de luz solitária
É um crucifixo de lágrimas,
Um espírito de sombras.
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