segunda-feira, 14 de abril de 2014

Liberdade

Há uma janela aberta, de repente,
Uma brisa que passa, imaculada,
É sempre esta morbidez muda da mudança
Em meus castelos dementes.

Ilustro uma coroa de espinhos
Tal como Cristo ou um santo injustiçado,
Deus desvenda-me a luz do pensamento.
A mortalha com que me cubro em cinza pálida
É regra de anonimato,
Ondas do irreal,
Fantasia, desespero e uma solidão no peito 
Como que abençoada.

Tirai de mim os séculos de escravidão,
A inquisição, as guerras, as batalhas,
As ausências, os preconceitos,
A falsa moralidade, o riso, a troça,
A ignorância, o medo,
A cadeira elétrica e todos os demais pecados.
O tempo tem de ser esquecido
Para ser dignificado.
Erros, miséria dos séculos,
Quero a verdadeira liberdade.

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