Descubro o que me é invisível,
A monotonia maníaca de vaguear.
Forma de estar como cálculo aritmético,
Quero mais e não sentir o que sinto.
Que resposta social têm para comigo
E este desprezo,
Angústia existencial de adolescente
Mecânico que guarda em si todo o mal estar
De uma vida inerte,
Toda a voracidade de embaraços,
O medo que é curriculum vitae de personalidade.
São lamentos escritos,
Gritos pungentes,
Cicatrizes lunares que queimam o que em mim arde.
A alma não consegue respirar,
Fumo espesso de ansiedades,
Contrariedades.
E quando penso não acho risos,
Apenas este jeito timido de recordar o que esqueço.
Vejo com olhos doentes, químicos,
Sentimentos escusos, absurdos,
Sentimentos abstratos.
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