segunda-feira, 14 de abril de 2014

Nova Linguagem

Palavras caras não te servem,
És palavra tímida como flor, insecto, raiz, cruz,
És talvez nova linguagem,
Analfabeto de imagens que lê em meus olhos um sereno amanhecer.

Eu, eterno indecifrável,
Hieróglifo de noite impaciente,
Elemento místico, música e ritmo,
Alguma coisa de valor.

Vejo-te,
Toco-te, meigo, para te sentir perto.
És um livro de gestos.

Amanhã irei ler novamente
A emoção do que escrevi,
Descobrir nestas ténues palavras que compus,
Talvez conseguir um dia
Tua alma ferida poder conhecer.

Sem comentários: