domingo, 17 de maio de 2015

Em Sonhos

Em sonhos morri parado e quieto,
Ninguém que sou distante,
Os olhos fechados, as mão em cruz no desejo,
Este eu navega em sombras e 
Guerreiro de alma que cala a morte,
Acorda de cabeça em punho na existência,
Trouxe-me tão lento e enraivecido por pensar
Nisto de morrer há décadas dentro de mim,
Em sonhos doloridos e apagados,
Todos os dias novo rosto e desconheço-me
Ao som de pensamento azul que se dilui ao vento pardo da manhã,
Ser dia de existir e sobreviver em meus ombros desníveis de soluços
E rugidos de ruminar quando sonho um sonho morre atrás de mim
E renasço em vida de sonho que uso num olhar que permanece
Como um livro de horas,
Quando é dia de rir estremeço à luz de Sol,
É sempre dia no oceano de trompete
Que ouço maquinalmente todo os dias em que sonhos embriagados
Adormecem a meu lado.

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