É um som escuro como um mocho ou solidão,
Nasci no instante de sofrer,
Nada me pediram e tudo me tiraram,
Eu não me pertenço ou nada me possui,
Moribundo e cego doentio como uma estátua de corpos de carne,
Ainda não a compreensão, ainda não,
Ainda acordo em mágoa de rir ao embaraço de estorvo,
Cadeiras e xailes e um mundo azul,
Tanto de mim e o sonho bordado em nome que morre,
Não somente a tristeza e fugindo de braços desunidos,
A união é luz que mata,
Tapem olhos, façam o sinal da cruz,
Tentar o susto e o sustenido de vida a pairar convalescente,
Não rio hoje, cansado e sujo da madrugada inumana,
Saberei perdoar?
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