O calmo entardecer como mentira de um contador de destinos
Vem poisando, devagar, em meu semblante,
Oculto um mistério de ondas
Que rompe o silêncio dos poetas,
O silêncio é a minha mortalha de cigarro,
Encosto-e em muros de peças de barro e antiguidades de mãos de noites de bafio,
Já nada se entorna no sentir que nada valha a pena,
No espelho de vitória a revolta de madrugadas em que corto o cabelo
Um passe de história que não fecha o capítulo,
Talvez finja, talvez não passe o cinzentismo
De mais um cigarro do contador de marés,
Serei o último a rir na decadência de lítio,
Ainda imerso de lodo e olhos com pestanas
Que caem na pedra de olhar o mistério,
Move-se como dança,
Como fumo,
Como filme ou vida que perdi e encontrei e deitei fora,
Lixo e pouco mais.
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