domingo, 17 de maio de 2015

Real

As letras juntam-se ligeiras em frente às árvores 
Como esperam por ser Sol, ser fruto,
Das mãos de seiva e flor
O operário, cansado, faz malabarismo com ouvidos nas paredes,
O gesto de cinema, os olhos, pestanas e artimanhas,
O silêncio inunda a sala como um tom de mármore e
A frequência de rádio debita sons de carne no sorriso que morde,
Num quadro de arranjar o fusível
Ainda faz noite e a luz ainda apagada,
Uma parede de corpo existe e uma mão, um sentido,
Ainda não faz real aquilo que sinto.

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