No café matinal uma cidade nasce, no peito, atrás do monte,
Levemente, não deixando rasto na voz de todos os dias
Que muda consoantes e vogais de calendário,
O mapa imaginado de ser mais um dia,
No atropelo de multidão um sermão de peixes
E um boneco nas mãos cansadas de erguer o rosto,
Desfiz a imagem no espelho de progresso
De acrescentar mais rugas no semblante que acha graça
Ao dia monótono de mais
Uma peça de orvalho no funda da alma
Querendo chorar o tempo
Decifrar o papiro de atualidades,
Degredo e justiça de finalidade de coçar os olhos ainda doloridos da manhã cor pálida,
No tempo desabrigado de vento o Sol ainda
Papagueia como um rebuçado na boca das crianças com mimo,
Todos os dias é a metáfora de principe
Olhando o nada, olhando o sonho, olhando o nada que me resta
Nesta voz cansada.
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