O tema é mórbido como negação de diário,
Acho-me por vezes no momento em que toco um nervo,
Na investigação há pássaros e navalhas que luzem como presságio
E no registo cómico talvez encontre o riso que escapa como sinal
Do que me mantém vivo,
Há muito deixei de sentir,
Planícies de emoção quando de mim me desencontrei,
A linha da vida dividida como ardil,
Animais ofegantes de sentidos,
Não trato o que recuso e nesta monotonia
Talvez descubra enfim o repouso que amanhece em decadência,
Apraz a ignomínia,
Soluço no verso cansado,
Quem ousou me profanar talvez pense duas vezes,
Quem de mim ceifou o momento vida talvez olhe na janela
Todos os brinquedos de criança,
A imagética imaterial da cor
É um dedo que cresce como indicador percorrendo maratonas
De viagens ao sono,
Ao ser gente que rompe no sonambulismo de vida que esgota a conversa
E a poesia é a vida desencontrada no que não digo.
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