Não mesmo assim neste ser que sou e não sou,
Nesta forma que vagueia entre solidão e plantas de enredo,
Neste acrescento de ilusão infinita que não cabe em minha mão cerrada,
Neste cunho de serventia chorar o nada,
A manhã dos costumes ainda ergue o olho de ramela na cera de ouvido
E o príncipe redige a equação de três números com resultado de fim,
A sorte ergue a morte,
A manhã foge como fogueira lenta crepitando ossos,
É fugaz o nós mesmos delirante em encontrar pedras e corpos desnudos
Na ambição de seta de arco medieval,
A colheita dos amores são três barcos numa esplanada num sonho de Verão,
Respiro a letra,
Já a alegria pode marchar a léguas do paraíso,
Já detenho o poder ser,
Amanhã o desnível,
Amanhã rasgo estrelas,
A luz de fogo é um assunto que verbalizo
Na inglória forma de acreditar
No instante de variação de notas de instrumentos de cálculo
Transforma o corpo no que digo,
No que falo, no que não sei e não quero saber,
Não erro a alma,
Não sou o mar calmo que trouxesse a onda de eternidade,
Talvez som e um calmo encolher de ombros neutro como emoção que não vê.
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