É Natal no mundo de minha mão,
Meu enfeite de apontar o desengano,
Fui levar o lixo da emoção no contentor das ilusões
E ri-me muito como tolo ou criança perdida,
Em busca de nada encontrei-me carente,
Sem símbolos, marcas, sem códigos, nada,
Respiro o Natal como tantas vezes morri na madrugada negra de orvalho,
O presépio é um corpo que tem sombras
E ainda faz frio no amor de gente que se ama,
A serenata desenfreada no peito
Lembra que tenho um isqueiro com que acendo um cigarro,
Mais rotinas desiguais, mais solidão,
Não sei ler, não me sei,
A tabuada, um isolamento e uma imagem,
Sempre a voz que segreda um tema de luz como vagabundo,
Coisas e reclames e a parede é infinita na morada
Que desiste, resiste,
Tempo de eléctricos em Lisboa,
Tempo de ócio desamparado,
Esta manhã desapareço.
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