A arte de escape como furto
Ou voo de mosquito na esplanada,
Orações e homilias e batinas de procissões,
Vi a poesia fluir num acenar à razão que morre sempre,
O conteúdo plástico nas antenas de suspeitar e faro,
Sempre o faro nos narizes dos animais pressentindo perigo,
A emoção fria das imagens de odores de músculos que doem no ser alguém,
De ser algo que não se vê e a magia do corpo que retrai a alma
No vazio de angustia de história que repete
O teatro, a dança de momentos,
No infinito particular fiz uma chamada ao homem que tomava um café,
Delicadamente respondeu-me que silêncio é uma arritmia
E que oito horas de trabalho é a sua ciência,
Disse-lhe que a farmácia vende histórias de banda desenhada
E que eu significo mais que um quadrado,
Porque sei que o espelho é feito de olhos e pestanas que não sentem,
A arena é um espantalho defunto
E trago o meu semblante um pouco desiludido como a roupa de cama
Ou a colcha que não presta,
O colchão e nada aquece neste frio desiludido
Com tudo o que as horas dizem no significado de não me compreender.
Sem comentários:
Enviar um comentário