Tarde, relógio da emoção no pulso sem vida,
Senti desânimo na minha face de desinteresse,
Li os jornais como fotocópias de árvores que morrem doentes
Na ânsia de esperar,
Rompi o silêncio mesmo sem proferir uma palavra,
Olhos, demagogia de sono e trevas em pedras,
Há uma saliência e um perfume de um livro,
Um andar cansado e vértebras encurvadas na calada da noite mórbida
Que chora o regresso de D. Sebastião,
Geme a sua solidão
Em que habito na morada demorada,
Sopra um vento desordenado de letras de penugem,
Esta maneira embriagada de esconder a luz,
De fugir de nada,
Alcançar movimentos descoordenados
E máquinas que ruminam paciências
No escuro,
Vou pregar mais um canto,
Mais um susto e dormir,
Letárgico, no sono eterno de amor.
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